Publicado em 17 de agosto de 2016 às 17:00

Brasil pode ter primeiro aeroporto binacional do mundo

Especialista da área apontou vantagens em operação de terminal binacional entre Rio Grande do Sul e Uruguai

Brasil e Uruguai estão estão avançando na ativação do primeiro terminal binacional da América do Sul, o Aeroporto de Rivera, que se encontra em município uruguaiano, que faz fronteira com Rio Grande do Sul, em Santana do Livramento.

Na semana passada, autoridades de ambos os países estiveram reunidas para definir detalhes do projeto, que voltará a ser discutido ainda neste mês.

O vice-ministro de Turismo do Uruguai, Benjamin Liberoff, disse que o setor turístico de ambos os países será um dos maiores beneficiados com a nova forma de utilização do aeroporto uruguaio, com reflexos também nos negócios imobiliários e de comércio varejista.

Ainda segundo Liberoff, um outro proveito é a reativação da rota Montevidéu-Porto Alegre, retomada há pouco pela Azul Linhas Aéreas Brasileira.

Aeroporto Internacional de Rivera também chamado de Internacional Cerro Chapeu / Divulgação

“Este é um trabalho que vem se desenvolvendo há vários anos. Este exercício seria importante para um modelo que não existe na América Latina”, assegurou o vice-ministro uruguaio.

Além disso, o executivo avaliou que o turismo é um dos eixos de desenvolvimento da iniciativa, já que o início das operações no local pode impulsionar o setor. Por fim, Liberoff disse que o Uruguai “está disposto” a instrumentalizar as medidas necessárias com a parte meteorológica e com a unidade dos bombeiros, para seguir com a possível ativação do terminal aéreo binacional.

Santana do Livramento, cidade de free shop

Santana do Livramento está localizada a 500 quilômetros de Montevidéu, tem uma população de cerca de 200 mil habitantes que vivem de forma integrada com os vizinhos gaúchos em uma comunicação denominada portunhol riverense.

Uma das principais atividades econômicas da cidade são as lojas de free shop voltadas ao público brasileiro, o que a torna bastante procurada, especialmente agora com a queda do dólar em relação ao real, o que faz alguns produtos saírem até 40% mais em conta do que os vendidos no Brasil. *As informações são do portal “Sputnik Brasil”.