Publicado em 28 de junho de 2016 às 15:20

Emirates Airlines pretende criar classe econômica sofisticada

Devido crise no Oriente Médio, aérea vem enfrentando queda nas vendas de cabines de primeira classe

Cá entre nós, quem não gostaria de viajar em uma das cabines exclusivas – e bem luxuosas – da Emirates Airlines?

Seria um sonho para muitas pessoas, certo!?

Entretanto, não são todos os viajantes que podem arcar com os altíssimos preços dessas suítes de luxos da companhia aérea.

Você imagina quanto pode custar uma “simples” viagem com a empresa?

Só para ter uma ideia, uma frequência no maior avião do mundo, que pertence a Emirates, o A380, de São Paulo com destino a Dubai pode chegar a US$17 mil, ou cerca de R$57 mil.

Mas a verdade é uma só: a crise chegou até no Oriente Médio. Ao que tudo indica, a queda no preço do petróleo está limitando o poder de compra dos clientes mais ricos da organização, uma vez que a maioria do seu mercado ainda se encontra no Médio Oriente.

A cabine de primeira classe da Emirates Airline tem uma porta de correr para dar privacidade ao passageiro  / Divulgação

A cabine de primeira classe da Emirates Airline tem uma porta de correr para dar privacidade ao passageiro / Divulgação

Pensando em se adaptar no atual cenário de aviação, a Emirates pretende oferecer uma “nova” classe econômica premium em seus voos. O formato seria parecido com a de uma classe executiva, com assentos mais largos e mais espaçosos entre as pernas, e ficaria encaixada entre a econômica e a executiva.

De acordo com as informações da “Bloomberg”, devido a adversidade, a nova classe, com preços mais acessíveis, poderia compensar a redução das reservas das cabines de primeira classe.

Em março de 2016, a companhia relatou a sua primeira queda nas vendas anuais em uma década. Apesar de grande parte da redução de 3% na receita da companhia (US$25 bilhões) seja atribuída ao dólar mais forte, a aérea também indicou a pressão das quedas de tarifa, os preços baixos do petróleo e um ambiente econômico global incerto como os principais fatores para o declínio.

Contudo, todo o conceito de classe econômica sofisticada, até o momento, não passa de planos da Emirates. Mas, ainda segundo a “Bloomberg”, os executivos da organização estão pensando seriamente na possibilidade. Como demonstrou Tim Clark, CEO da companhia: “Não há evidências de que isso é algo que precisamos levar a sério.”