Publicado em 12 de março de 2013 às 16:09

Como levar dinheiro para o exterior? Conheça as melhores formas.

Este é um tipo de dúvida que a maioria dos viajantes que vão para o exterior tem, afinal, são várias as opções: dinheiro em moeda local, dólares, cheque de viagem, cartões de crédito/débito/pré-pago. A princípio, a resposta pode parecer frustrante: não existe uma melhor forma de levar dinheiro para o exterior. O motivo mais simples é que cada país tem suas particularidades no trato com o turista e com o imigrante, peculiaridades nos ATMs (caixas eletrônicos), casas de câmbio, e a melhor maneira depende ainda da flutuação da cotação e dos gastos previstos pelo turista.

Talvez  o melhor a se fazer é ter mais de uma opção de pagamento, ou seja, levar dinheiro em espécie, mas também o cartão de crédito e outra forma de pagamento. Assim, se o seu cartão for roubado, por exemplo, você tem como continuar pagando as despesas de outra forma. Confira, abaixo, algumas dessas formas de pagamento e o prós e contras de cada uma.

Cartão de crédito

Um cartão de crédito internacional é uma ótima ferramenta de crédito para o curto prazo (até 40 dias), porém, no exterior, é preciso tomar alguns cuidados. Em geral, o valor de qualquer compra que você faça no exterior é convertido em dólar e depois, na sua fatura, para real. O câmbio diário mais a incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras, cobrado hoje a 6,38%) dificultam o cálculo do valor final da fatura, pois esta depende da cotação do dia de seu fechamento. Nesse valor costuma ainda ser adicionada uma margem de lucro do banco, que varia em cada instituição.

Em contrapartida a essas incertezas, o cartão de crédito oferece maior segurança contra fraudes e às vezes pode ser vantajoso concentrar as despesas nele para acumular milhas. Além disso, alguns ainda têm serviços extras, como seguros de viagens.

Mas antes de viajar para fora do país com o seu cartão, lembre-se de liberá-lo para compras no exterior, pois mesmo os cartões internacionais estão sujeitos a bloqueios nas centrais. Para desbloqueá-lo, procure a sua operadora.

Cartão de débito

Muitos bancos permitem o uso do cartão de débito utilizado no Brasil no exterior, o que o torna uma opção mais prática do que os outros meios. Como no cartão de crédito, também será cobrado dele o IOF, além de outras tarifas, que variam de acordo com o caixa eletrônico e o banco.  Outros inconvenientes são: às vezes pode ser difícil habilitar a função saque do cartão; alguns estabelecimentos podem não aceitá-lo; em algumas operações, em vez de a compra ser registrada em débito, pode ser registrada em crédito, por isso, fique atento nas operações que realizar com ele.

Mas ele tem a vantagem de não causar surpresa na fatura final, pois o valor a ser descontado da conta vai condizer com o valor da moeda naquele dia, permitindo, assim, um maior controle dos gastos.

Uma boa dica para evitar contratempo é ligar para o seu banco ou gerente antes de viajar e certificar-se da necessidade ou não de desbloqueio, limites e taxas. Outros cuidados a serem tomados, independente do tipo de cartão que você escolher, são: guarde-o em lugar seguro e nunca no bolso de trás da calça ou no bolso lateral de bolsas e sacolas; anote o número da administradora do cartão (geralmente impresso no verso do cartão), para  comunicá-la qualquer problema que você tiver com o cartão, como perda ou roubo.

Dinheiro em espécie

O dinheiro vivo é uma das formas mais práticas de levar dinheiro ao exterior, uma vez que tem cotação fixa, é aceito em todos os lugares e o IOF é de apenas 0,38%. E quando se viaja para países em que não há uma grande aceitação de cartão, cheque de viagem, etc. é a melhor opção. No entanto, trocar o dinheiro pela moeda local no Brasil nem sempre pode ser um bom negócio.

Se você for para países da América do Sul, como Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, é melhor levar reais e trocar lá. Motivo? Aquele que caracteriza uma casa de câmbio: a cotação. A diferença de taxa de uma casa para outra pode variar bastante. Procure locais com alta concentração de agências de câmbio, pois a concorrência faz com que as variações sejam mais “justas”.

Quando for a uma agência de câmbio, lembre-se de levar RG ou o passaporte (no exterior, é quase obrigatório apresentar este último) e CPF (no Brasil) originais. Algumas casas de câmbio (como o BB Tur, do Banco do Brasil) exigem também a cópia da passagem. Se você for converter o dinheiro no Brasil, uma dica é consultar o ranking do VET, no site do Banco Central, para conferir as melhores taxas de cotações para o câmbio.

A cotação de referência é a do dólar turismo e não comercial. O dólar comercial é utilizado para transações financeiras entre empresas. Para nós o que vale é o dólar turismo, obviamente mais caro que o comercial. Lembre-se que se você viajar com uma quantia superior a R$ 10.000 (ou seu equivalente em moeda estrangeira), há a necessidade de declarar esse valor na Receita Federal. E não se esqueça de conferir se há alguma restrição por parte do país que será visitado no tocante ao valor de dinheiro levado pelo turista.

Os contras dessa opção são: comprar diversas moedas se você pretender viajar para países com moedas diferentes; em caso de furto ou perda os prejuízos podem ser maiores, pois não há como pedir reembolso, como é possível em outros meios de pagamento. E para evitar este último transtorno, considere transportar o seu dinheiro em doleiras e compartimentos que podem ser colocados no cinto, perna, e invista em hotéis que tenham cofres.

Conta no exterior

Abrir uma conta no exterior pode ser proveitoso se você permanecer no país estrangeiro por um tempo considerável, como mais 3 meses. A maioria dos bancos nacionais oferece essa possibilidade, que tem como vantagem o fato de ser mais segura, a facilidade da movimentação da conta por meio do netbanking e o IOF de 0,38%. Mas, por outro lado, o cliente estará submetido à taxa de câmbio do banco, não podendo negociá-la.

Cheque de viagem (traveler check)

O cheque de viagem é outra opção e consiste, basicamente, em cheques comuns que podem ser trocados por dinheiro (dólar, euro ou iene) ou usados diretamente em locais que os aceitem, que geralmente não são muitos e alguns lugares que o aceitam descontam um percentual pelo seu uso. Trocar esses cheques geralmente é sinônimo de stress, pois é difícil achar uma casa de câmbio que ofereça um câmbio “justo”.

Os cheques de viagem não têm prazo de validade, o que significa que se você não gastou todo o valor em uma viagem, você poderá utilizá-lo ainda em uma viagem futura. A cotação usada para a sua emissão depende da instituição que o emite, e é cobrado também IOF de 6,38%, podendo ser descontadas outras taxas.

A vantagem do cheque de viagem é a sua segurança. Em caso de roubo ou furto, o proprietário do cheque é reembolsado pelo banco emissor, normalmente em um ou dois dias. É recomendável anotar o número de todas as folhas do talão do cheque em um bloco e riscá-lo à medida que for usando-o, pois assim o usuário tem mais controle dos cheques usados. Outra vantagem dessa opção é que o turista se protege de eventuais variações cambiais, pois o que valerá será o câmbio no dia da compra do cheque.

Cartão pré-pago

A vantagem desse tipo de cartão é que ele permite que o turista controle os gastos, uma vez que o usuário carrega o cartão e aquele valor não sofrerá influência das cotações futuras daquela moeda. A recarga pode ser feita por telefone ou pela internet (assim como a consulta do saldo). O cartão pré-pago também suporta a recarga em moedas diferentes, evitando múltiplas conversões. Outro ponto positivo desse tipo de cartão é que em caso de perda ou furto, o usuário comunica o acontecido por telefone, e um novo cartão é entregue a ele em até 72 h, com o mesmo valor que havia no cartão anterior.

Além do pagamento em débito, o cartão pré-pago também possibilita o saque na moeda estrangeira, contudo, algumas operadoras cobram por essa operação. A cada recarga é cobrado IOF de 6,38%. E no caso de ao término da viagem o seu cartão ainda tiver saldo, você pode resgatar o valor restante ou guardá-lo para a próxima viagem. Mas é importante conferir se a emissora do cartão não cobra pela inatividade deste.

Outra opção é usar um cartão pré-pago emitido por um banco internacional, pois, algumas vezes, as taxas cobradas podem ser mais atraentes das que são cobradas pelos bancos brasileiros.

 

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