Publicado em 30 de outubro de 2012 às 12:50

“Sandy” provoca cancelamentos de 14 mil voos nos EUA

Washington, 30 out (Lusa) – O ciclone “Sandy”, que afeta a costa leste dos Estados Unidos (EUA), provocou o cancelamento de 14 mil voos de companhias nacionais e internacionais. Vários aeroportos da região continuam nesta terça-feira (30) com atividades suspensas.

O “Sandy”, um furacão que deixou dezenas de mortos na passagem pelo Caribe, atingiu na noite de segunda-feira (29), já como ciclone extra-tropical, o estado de Nova Jersey e continua a se mover para o ocidente como uma tempestade que se faz sentir desde a região da Nova Inglaterra ao estado da Virginia.

Até ao final de tarde de segunda-feira, as companhias aéreas tinham cancelado 13.785 voos, segundo indicaram as próprias companhias e a página de Internet FlightAware.com, que informa sobre o tráfego aéreo comercial. O responsável pelo site, Daniel Baker, disse ao jornal ‘USA Today’ que o aumento no número de cancelamentos é esperado.

Saiba mais

Obama declara estado de ‘grande catástrofe’ em Nova York

As operações continuavam hoje suspensas numa dezena de aeroportos da costa leste dos EUA, incluindo os aeroportos internacionais John F. Kennedy, em Nova Iorque; Dulles e Baltimore, ambos na área metropolitana de Washington.

Cálculos de especialistas apontam que o furacão, que já causou pelo menos uma dezena de mortos em sete estados, poderá ser um dos dez mais caros da história dos EUA. “Esta tempestade tem potencial para ser maior do que o furacão ‘Irene’, que no ano passado teve um impacto 10 e 15 bilhões “, disse Evan Gold, analista da Planalytics, empresa dedicada à análise de impacto econômico de fenômenos naturais, num blog da cadeia CNBC.

Além de afetar algumas das zonas mais populosas do país, ao longo das costas dos estados de Nova Iorque, Pensilvânia, Massachusetts e toda a área de Washington, o furacão terá efeitos “em mercados no interior” desses estados, afirmou Gold, acrescentando ainda que o “Sandy” terá impacto em mais de um terço da população dos EUA.

Os cálculos dos custos dos furacões variam muito em função do método que se utiliza para contabilizar os custos e o efeito da inflação acumulada. Sem levar em conta a inflação, os furacões mais caros da história norte-americana foram o “Katrina” (2005), que se calcula ter superado os 80 bilhões de dólares, seguido do “Wilma” (2005), do “Charley” (2004), do “Ivan” (2004), do “Andrew” (1992), e do “Rita” (2005), que custaram todos mais de 10 bilhões de dólares.

Tendo em conta a inflação, segundo o Instituto de Informação de Seguros, o mais caro continua a ser o “Katrina”, seguido do “Andrew”, “Ike”, “Wilma”, “Charley”, “Ivan”, “Hugo”, “Rita”, “Frances” e “Irene”.

Fonte: EBC