Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 15:12

Anac considera precoce debate sobre alta de passagens para Copa

Marcelo Guaranys, presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), disse nesta quarta-feira (18), em audiência pública na Câmara dos Deputados, da qual também participaram representantes de companhias aéreas, que os preços de passagens aéreas provavelmente não variarão muito em 2014. Guaranys afirma, ainda, ser demasiado cedo para discutir o aumento dos preços das passagens aéreas durante a Copa do Mundo.

Durante a audiência, Guaranys destacou que houve redução de 56% nos valores relativos a quilômetro voado entre 2002 e 2012, o que ocasionou queda nos preços das passagens. Entretanto, dados apontam aumento de 4,16% entre 2012 e 2013, que Guaranys atribui à alta do custo de combustível de aviação e a taxa de câmbio.

Guarabys informou, ainda, que haverá ampliação da oferta de voos para atender à demanda na Copa. As empresas aéreas, já munidas do conhecimento sobre sorteio e fechamento de chaves, têm até sexta-feira (20) para solicitar novos voos, ao passo que a Anac tem até 15 de janeiro para aprovar os pedidos. A Agência informará no final de janeiro de 2014 sobre a liberação de novas rotas entre as cidades-sede da Copa.

O presidente da Anac ressaltou, também, que não cabe à Anac punir companhias aéreas caso pratiquem preço abusivo. Seu papel, neste caso, seria o de notificar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Já Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), ao ser interpelado pelos deputados sobre os altos preços das passagens, afirmou que tributos como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) contribuem para aumentar os preços de voos nacionais.

Ele defende que sejam feitos debates para rever este sistema de tributação sobre passagens aéreas. O deputado Edio Lopes (PMDB-RR) não se deu por satisfeito com as explicações, dizendo que estava mais barato ir e voltar de Tóquio do que viajar entre Brasília e Boa Vista durante a Copa.